terça-feira, 16 de agosto de 2011

Remédios para emagrecer


Remédios para emagrecer... Tire suas dúvidas!!




Perder aqueles quilinhos indesejados é um dos grandes desejos da maioria das mulheres. E o remédio para emagrecer se torna uma tentação para elas. Mas será que vale a pena? Veja os prós e contras e todos os detalhes dessa "mágica".


Você realmente precisa?

Noradrenalina, esse é o nome da “mágica”. Um hormônio que age no centro da fome, lá no cérebro, controlando o apetite. E as anfetaminas cuidam dessa tarefa, aumentando a quantidade desse hormônio no seu corpo. Anfepramona, fenproporex e manzidol compõem a família dessa substância química, que ganhou fama por combater a obesidade controlando a gula. O problema é que junto com um apetite magrinho vem uma lista extensa de reações desagradáveis – boca seca, alterações de humor, dor de cabeça, insônia, taquicardia, euforia, falta de ar, hipertensão, irritação, dependência (quanto mais você toma, mais precisa), prisão de ventre, depressão, crises de ansiedade e pânico, como adverte Elisaldo Carlini, do Cebrid. Pois é, nada inofensivas, as anfetaminas só deveriam ser indicadas para pacientes com índice de massa corpórea (IMC) maior de 30 ou aqueles com IMC entre 26 e 30 com histórico de colesterol alto, pressão alta ou diabetes. Uma garota que mede 1,65 metro e pesa 70 quilos – gordinha para entrar numa calça tamanho 40 – tem IMC igual a 26. “O remédio é importante para casos em que a saúde pode ficar comprometida por conta do excesso de peso”, ressalta Claudia Cozer, endocrinologista da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), em São Paulo. Pense bem se vale a pena se seu problema não passa de 10 quilos.

Depois que a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) anunciou a intenção de proibir o uso de remédios para emagrecer, as dúvidas sobre esses medicamentos triplicaram. Todas as pessoas que vão começar a tomar (ou tomam) um remédio para emagrecer devem saber é que não existe fórmula mágica, e que nenhum remédio sozinho traz uma perda de peso satisfatória.
Segundo um recente relatório divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes, os remédios para emagrecer devem ser usados, mas apenas em tratamentos médicos. O relatório elaborado pela Jife (Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes) incentiva o Brasil a continuar adotando todas as medidas necessárias para que os anorexígenos sejam utilizados unicamente para fins médicos, bem como para impedir que sejam utilizados de forma indevida e receitados indiscriminadamente.

O primeiro passo para entender a polêmica dos emagrecedores é saber mais sobre eles. Então vamos esclarecer as principais dúvidas sobre os tais remédios polêmicos.

1.Quais são os tipos de remédios para emagrecer? Como eles agem no organismo?
Existem três principais grupos de remédios para emagrecer: os anorexígenos, os sacietógenos e os inibidores de absorção de gorduras. Os medicamentos do primeiro grupo inibem o apetite, e tem em sua composição de substâncias conhecidas como anfetaminas. São exemplos deles a anfepramona, o femproporex e o manzidol. Atualmente, os especialistas utilizam essa classe apenas quando as outras duas não obtiveram sucesso, já que ela apresenta mais riscos de efeitos colaterais.
O segundo grupo (sacietógenos) reúne os medicamentos que agem no estímulo da sensação de saciedade, ou seja, o indivíduo sente fome, mas com uma porção menor de alimentos fica satisfeito, parando de comer mais cedo. A sibutramina é a mais conhecida do grupo, e que pode ter ação secundária para o emagrecimento: o aumento do gasto energético.
O terceiro grupo é o dos inibidores da absorção de gordura, representado apenas pelo Orlistat e o Cetilistate. Não restringe o apetite, pois não atuam no cérebro ou no sistema nervoso. Eles atuam na inibição da absorção intestinal de cerca de 30% da gordura ingerida. Com um bom controle de ingestão de gorduras, podem representar uma ajuda significativa, mas, ao comer demais, a tendência é não perder peso, porque os 30% de gorduras que deixam de ser absorvidas podem não ser uma deficiência calórica suficiente para a perda de peso.

2.Em que casos eles devem ser usados? Eles são válidos tanto para sobrepeso como para a obesidade?
Todos os tipos de medicamentos para emagrecer só devem ser usados quando a adoção de uma alimentação mais saudável e a prática de exercícios físicos não mostraram resultado na perda de peso. Quando o índice de massa corpórea (IMC) continua superior a 29,9 após o tratamento com reeducação alimentar, é indicado o uso de remédios para ajudar no processo de emagrecimento. Para descobrir o índice de massa corpórea, basta dividir o seu peso em quilogramas pelo quadrado de sua altura.
Tabela de IMC segundo a Organização mundial da saúde
Abaixo do peso - abaixo de 18,5
Normal - de 18,6 a 24,9
Sobrepeso (pré-obesidade) - de 25 a 29,9
Obesidade leve- 30 a 34,9
Obesidade moderada - 35 a 39,9
Obesidade grave ou mórbida - acima de 40
Faça seu calculo IMC no site no canto direito do Blog

3.Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Mesmo que esses remédios sejam seguros se usados da maneira correta, eles podem causar uma série de efeitos colaterais. Cada tipo de medicação contra obesidade tem efeitos colaterais específicos, que também variam de acordo como metabolismo de cada individuo.
Os anorexígenos (anfepramona, femproporex, mazindol), podem causar irritabilidade, insônia ou sono superficial, tremores, depressão ou se alternam períodos de estímulo com períodos de depressão, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Todos esses efeitos estão ligados ao sistema nervoso e cardiovascular, áreas onde os anorexígenos têm efeito.
Já os sacietógenos, que aumentam a sensação de saciedade, normalmente apresentam efeitos colaterais mais suaves que os anfetamínicos, causando insônia ou sono superficial, agitação, irritabilidade (que não é um sintoma frequente). Mesmo assim a sibutramina, que se enquadra nesse grupo, foi proibida de ser comercializada nos Estados Unidos e na Europa por que os órgãos responsáveis alegaram que o medicamento acelera a frequência cardíaca, provocando arritmias em quem já tem a propensão de doenças cardíacas. No Brasil, a sibutramina foi enquadrada na categoria de remédio controlado.
Os inibidores da absorção de gorduras apresentam efeitos colaterais principalmente se a ingestão de gorduras for exagerada. É como um sinal vermelho. A pessoa apresentará diarreia com fezes pastosas ou líquidas, podendo até eliminar gotas de gorduras depois de refeições mais pesadas. Por isso, mesmo tomando remédios para emagrecer, é preciso ter uma alimentação balanceada e saudável.

4.Crianças com quadro de obesidade podem tomar remédios para emagrecer?
A indicação de remédios para emagrecer deve ser restrita, sendo prescrita nos casos em que a obesidade se tornou um fator de risco. A reeducação alimentar e a prática de atividades físicas normalmente sozinhas conseguem trazer uma melhora considerável na saúde de crianças obesas e adolescente com menos de 16 anos. No entanto, às vezes o uso de remédios é necessário. O uso de Oslistat, um tipo de remédio que diminui a absorção de gordura pelo intestino, já foi testado e aprovado em crianças. Já os medicamentos que agem no sistema nervoso central ainda não têm total aprovação em crianças e adolescentes. E não é à toa. Se eles já provocam efeitos desagradáveis no corpo de um adulto, imagine para as crianças.

5.Esse tipo de remédio tem alguma contra-indicação?
Por causar alterações no funcionamento do sistema nervoso e do sistema cardiovascular, os remédios anorexígenos e os sacietógenos não devem ser usados por pessoas com hipertensão arterial descompensada, arritmias cardíacas, diabetes do tipo 2, doenças psiquiátricas (depressão e transtornos do humor, impulsos compulsivos) e glaucoma.
Mesmo que as principais contra-indicações estejam relacionadas aos sacietógenos e aos anorexígenos, os remédios que diminuem a absorção de gorduras também apresentam um grupo de risco, que são os pacientes com doenças inflamatórias intestinais.

6.O uso prolongado pode causar dependência (física ou psicológica)?
Mesmo que o grau de dependência seja baixo (possuem nível um em uma escala que vai até quatro), os medicamentos para emagrecer podem causar dependência física e psicológica se forem usados por um período muito longo, (mais de quatro meses sem novas avaliações). Como esses medicamentos só devem ser usados em último caso e ainda sim como apoio a um programa de reeducação alimentar e prática de atividades físicas, depois que o paciente não se encontra mais em um quadro de obesidade, o uso dos remédios deve ser interrompido.

7.Eles precisam ser tomados constantemente para que o peso se mantenha sob controle?
Na verdade, eles devem ser usados por um período curto, (o médico faz uma nova avaliação mensal se o remédio continua necessário), para não provocar nenhum grau de dependência. Os medicamentos para perder peso devem fazer parte do tratamento para perder peso, e não para mantê-lo baixo. A manutenção da boa forma deve ser feita a partir de uma alimentação saudável e de prática de exercícios físicos. Caso contrário, as chances de recuperar o peso novamente são enormes. É o famoso efeito sanfona.

8.Se parar de tomar engorda o dobro?
Quem emagrece com ajuda de medicamentos que agem no sistema nervoso central realmente recuperam todo a gordura perdida se não se preocupam com a alimentação e com a prática de atividades físicas após o fim do tratamento.

9. É perigoso tomá-los e fazer exercícios intensos por causa da frequência cardíaca?
Assim como a alimentação, a prática de exercícios físicos deve ser controlada após a prescrição de remédios para emagrecer. Usualmente os educadores físicos sugerem o teste de esforço antes de iniciar a atividade física. O ideal é que se mantenha um acompanhamento das variações da frequência cardíaca para diagnosticar quaisquer alterações.

10. Seus resultados são melhores do que a reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos?
O uso da medicação apenas pode facilitar a perda de peso, mas, se não houver mudanças do estilo de vida há chances de retomada do peso perdido. O remédio sozinho não irá trazer resultados positivos. É preciso controlar a alimentação e praticar atividades físicas juntamente com a medicação para conseguir perder peso.

11. Ao passar do tempo o corpo acostuma com o remédio e com as dosagens? Quem toma remédio por muito tempo tem mais dificuldade de emagrecer sem ele depois?
Com o passar do tempo, especialmente com as anfetaminas, o organismo pode desenvolver tolerância, ou seja, necessitar do aumento da dose para que o efeito seja o mesmo. Muito provavelmente quem se torna um dependente químico de anfetaminas, espera um jeito fácil de perder peso, sem o comprometimento com a reeducação alimentar e exercícios físicos, o que dificulta a sustentabilidade do peso perdido.


Dica: Pratica a Educação Física e consiga seus objetivos.


Momento lol

=D Tá tudo explicado: Descobri porque estou engordando! É o shampoo! No rótulo está escrito:
 "Para dar corpo e volume". Agora vou usar só detergente de louça, porque diz assim no rótulo: 
"Elimina até as gorduras mais difíceis, que você julgava impossível de remover". \0/




Brasil lidera o ranking mundial de consumo de substâncias estimulantes, geralmente presentes em remédios para emagrecer


Tiago Soares 
Personal Trainer
CREF 082280-G/SP

Emagreça com saúde use suplementos combinado com exercícios. 

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